Estudo aponta centenas de substâncias químicas associadas ao câncer em embalagens de alimentos; confira

Estudo revela a presença de quase 200 substâncias químicas cancerígenas em embalagens de alimentos, expondo o risco diário à saúde humana.

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em 25/09/2024 Anderson Alves
Foto: Dan Dalton/IStock / Imagem ilustrativa de alimentos nas prateleiras de um supermercado

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Um estudo recente acendeu um alerta preocupante sobre a presença de quase 200 substâncias químicas potencialmente cancerígenas encontradas em embalagens de alimentos e utensílios plásticos.

Os pesquisadores envolvidos na pesquisa, publicada na revista Frontiers in Toxicology, identificaram que muitas dessas substâncias têm relação direta com o câncer de mama e outros tipos de câncer, tanto em humanos quanto em animais.

Entre os produtos químicos detectados, destaca-se o benzeno, um conhecido carcinógeno associado a cânceres de mama. Outra substância mencionada é o 4,4′-Metilenobis-(2-Cloroanilina), considerado um provável causador de câncer de bexiga. Esses compostos, assim como vários outros descritos no estudo, podem migrar das embalagens para os alimentos e, consequentemente, para o nosso corpo.

Substâncias como a 2,4-Toluenodiamina, que causa câncer de mama em animais, e os corantes 3,3′-Dimetilbenzidina e o-Toluidina, usados para colorir plástico e papel, também foram identificadas.

O impacto dessas substâncias sobre a saúde humana ainda não é totalmente conhecido, mas o estudo destaca que a exposição a esses químicos, presentes em produtos utilizados no nosso cotidiano, pode ser um fator determinante para o aumento das taxas de câncer de mama em mulheres jovens, especialmente aquelas com menos de 50 anos.

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Exposição química: um risco diário

De acordo com os pesquisadores, o fato de tantos carcinógenos potenciais estarem presentes em embalagens de alimentos é alarmante, pois representa uma exposição diária a riscos muitas vezes desconhecidos pela população.

O estudo revelou que, dos quase 200 produtos químicos identificados, 40 já são considerados perigosos por agências reguladoras ao redor do mundo. Esse cenário levanta uma questão séria: quanto desses produtos estão impactando silenciosamente a nossa saúde?

Os especialistas responsáveis pelo trabalho também destacam que, embora ainda não seja possível determinar quais dessas substâncias têm o maior impacto sobre a saúde humana, a eliminação de compostos carcinogênicos da cadeia alimentar poderia ser uma medida eficaz para a prevenção de cânceres.

No entanto, a falta de conhecimento detalhado sobre os riscos de cada substância torna esse um desafio de longo prazo.

Imagem ilustrativa de mulher observando prazo de vencimento de produto em supermercado ao lado de um carrinho de compras.

IStock

Um futuro mais seguro

Eliminar esses carcinógenos conhecidos ou suspeitos das embalagens de alimentos é uma grande oportunidade para a prevenção do câncer. A pesquisa ainda sugere que, embora nem todos os produtos químicos representem um risco imediato, o acúmulo de exposição ao longo do tempo é o que pode gerar consequências mais graves para a saúde pública.

Prevenir o câncer envolve, cada vez mais, a revisão de práticas industriais e a redução de produtos químicos potencialmente perigosos nos itens do dia a dia.

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