Estes 9 alimentos não podem ir para a geladeira e você não sabia

Saber quais alimentos devem ou não ser refrigerados é essencial para garantir sua qualidade, além de otimizar o espaço na geladeira e evitar desperdícios

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em 15/08/2024 Flávio Oliveira
Foto: Freepik / Imagem ilustrativa de uma mesa repleta de frutas e legumes

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No Brasil, é comum que muitas pessoas armazenem na geladeira alimentos que não precisam ser refrigerados. Isso pode causar alguns inconvenientes e até mesmo riscos à saúde, como perda de sabor, textura e nutrientes, além de surgimento de odores desagradáveis, tanto na geladeira quanto nos alimentos.

O que deve ser mantido na geladeira:

– Laticínios: leite aberto, queijos frescos, iogurtes e outros produtos lácteos;
– Frutas sensíveis: morango, uva e frutas já fatiadas ou picadas;
– Alimentos industrializados em uso: maionese, ketchup, sucos de caixinha, molhos e conservas.

O que deixar fora da geladeira:

Certos alimentos devem ser armazenados fora da geladeira para preservar sua qualidade e, em alguns casos, é recomendado comprá-los semanalmente para garantir o frescor.

1. Tomate:

O frio da geladeira pode alterar o aroma e o sabor do tomate, além de deixá-lo mais mole, interrompendo seu amadurecimento natural. Guarde-o em temperatura ambiente, em um local fresco, bem ventilado e longe do calor e da luz direta, permitindo que o tomate amadureça corretamente e mantenha sua qualidade por mais tempo.

 

2. Café:

O café, seja em grãos ou em pó, deve ser mantido fora da geladeira, pois o frio e a umidade afetam seu sabor e aroma, além de fazê-lo absorver odores de outros alimentos. Armazene-o em recipientes escuros e herméticos, prevenindo a entrada de luz e umidade, e evitando a absorção de cheiros.

3. Alho:

O alho, parente da cebola, não deve ser guardado na geladeira, pois o ambiente úmido pode causar mofo, amolecimento, brotamento e alteração no sabor, tornando-o menos intenso. O ideal é armazená-lo em um local fresco, seco e bem ventilado, como uma cesta. Se já picado ou triturado, guarde-o na geladeira em um recipiente fechado e use-o rapidamente.

4. Batata:

A batata, rica em amido, não deve ser refrigerada quando crua. Em baixas temperaturas, o amido se transforma em açúcar, alterando o sabor, que fica mais doce, e a textura, que se torna dura e granulada após o cozimento. É melhor armazená-la em um local arejado, como uma fruteira, longe da luz direta e sem lavá-la antes, para manter sua camada natural de proteção.

5. Frutas com caroço:

Pêssegos, ameixas, mangas e abacates produzem etileno, um gás que acelera o amadurecimento. Na geladeira, o acúmulo desse gás pode causar maturação irregular ou apodrecimento precoce. Deixe essas frutas amadurecerem em temperatura ambiente e só as refrigere se estiverem muito maduras.

6. Pão:

O pão endurece mais rapidamente na geladeira devido ao processo de retrogradação do amido, que o deixa seco e quebradiço. Para mantê-lo fresco, guarde-o em um saco de papel ou embrulhado em pano. Se precisar conservá-lo por mais tempo, congele-o em fatias e descongele-as no forno.

7. Frutas tropicais:

Frutas como banana, abacaxi, mamão e maracujá amadurecem melhor em temperatura ambiente. Não as coloque na geladeira antes de estarem maduras, pois o frio interrompe o processo de maturação, afetando textura e sabor. Após amadurecidas, podem ser refrigeradas para prolongar a vida útil.

8. Óleo:

Óleos como os de soja, canola, girassol e coco não devem ser refrigerados, pois podem solidificar e mudar de textura, cor e sabor, dificultando o uso imediato. Armazene-os em um local fechado, de temperatura amena e longe de fontes de calor, como fogões e churrasqueiras.

9. Mel:

O mel não deve ser refrigerado, pois o frio pode cristalizá-lo e endurecê-lo, tornando-o difícil de usar. Guarde-o em um local fresco e seco, longe da luz e do sol, em um recipiente bem fechado. Se cristalizar, basta aquecê-lo em banho-maria para voltar ao estado líquido.

Ervas como hortelã, manjericão, salsinha e cebolinha murcham e perdem aroma e sabor se soltas na geladeira.

Coloque-as na geladeira em potes de vidro com tampa hermética ou em sacos plásticos com um pouco de ar. Envolvê-las em papel toalha úmido antes de guardá-las também ajuda a manter a umidade ideal e a evitar que as folhas amassem. Coloque os recipientes nas prateleiras mais baixas, longe das paredes, para evitar que as folhas congelem ou queimem com o ar frio.

O que não congelar:

– Vegetais ricos em água e crus: melancia, uva, melão, pepino, batata e maçã perdem água e textura, ficando moles quando descongelados.
– Verduras, como alface e espinafre: murcham e mudam de textura.
– Ovo na casca: a expansão do líquido interno pode quebrar a casca e causar contaminação.
– Creme de leite, maionese e molhos à base de farinha ou amido: os ingredientes se separam após o congelamento, alterando a textura, e não voltam à consistência original.
– Laticínios com baixo teor de gordura: iogurtes, requeijão e cream cheese pobres em gordura ficam com textura aquosa após o descongelamento. Queijos frescos, como ricota e cottage, podem ficar granulados.
– Frituras: perdem a crocância e ficam moles.
– Massas cozidas, como macarrão: ficam amolecidas e ensopadas após o descongelamento.
– Gelatina e pudim: perdem a estrutura e ficam líquidos ao descongelar.

Se quiser congelar vegetais crus como brócolis, cenoura ou abóbora, é necessário “branqueá-los”, um processo de conservação que ajuda a manter cor, textura, sabor e valor nutricional antes do congelamento.

Passo a passo do branqueamento:

1. Higienização: Lave bem os vegetais e corte-os no tamanho desejado.
2. Cozimento rápido: Coloque os vegetais em água fervente por um tempo específico (geralmente entre 1 e 4 minutos, dependendo do tipo de vegetal).
3. Resfriamento rápido: Retire os vegetais da água fervente e mergulhe-os imediatamente em água gelada para interromper o cozimento.
4. Secagem e armazenamento: Escorra bem os vegetais, seque-os e guarde-os em sacos plásticos próprios para congelamento, removendo o excesso de ar.

Essa técnica inativa enzimas que causam o escurecimento e a perda de qualidade dos alimentos, permitindo que sejam armazenados por até três meses no congelador.

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