Alimentação saudável para crianças: como melhorar a alimentação infantil com dicas práticas e divertidas

Com criatividade, paciência e bons exemplos, é possível transformar a alimentação das crianças e ensinar hábitos saudáveis desde cedo.

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Foto: Reprodução - iStock / Imagem ilustrativa com algumas frutas que são citadas dentro do texto
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A alimentação na infância é um dos maiores desafios enfrentados por pais e responsáveis. Muitas crianças rejeitam legumes, verduras e outros alimentos saudáveis, o que gera dúvidas, inseguranças e até frustrações nas refeições do dia a dia. A boa notícia é que, com algumas atitudes simples, é possível transformar essa realidade e cultivar um relacionamento mais positivo com a comida desde cedo.

Diante do cenário preocupante de aumento da obesidade infantil no Brasil e no mundo, a Organização Mundial da Saúde estima que, até 2025, 75 milhões de crianças estejam obesas, nós selecionamos orientações práticas com a nutricionista Karla Maciel para incentivar bons hábitos dentro de casa.

Uma das estratégias mais eficazes, segundo Karla, é a exposição repetida aos alimentos saudáveis. “É normal que a criança rejeite um alimento novo nas primeiras vezes. Estudos mostram que ela pode precisar de 8 a 15 tentativas até aceitar aquele sabor. Por isso, a persistência sem pressão é fundamental”, explica.

O exemplo começa em casa

Outro fator essencial é o exemplo dos pais. As crianças aprendem observando o comportamento dos adultos ao redor. Quando os responsáveis comem com prazer e naturalidade alimentos como legumes, frutas e verduras, a tendência é que os pequenos se sintam mais à vontade para experimentar também. O que vale aqui é naturalizar o ato de comer bem.

Cozinhar juntos pode transformar tudo

Incluir as crianças no preparo das refeições é uma forma poderosa de gerar vínculo e curiosidade. “Ao ajudar a lavar, picar ou montar um prato, os pequenos se sentem importantes e mais abertos a provar novos sabores”, reforça a nutricionista. Essa participação ativa contribui para a formação de um senso de pertencimento e torna a alimentação uma experiência mais positiva.

A comida também é visual

A apresentação dos alimentos faz toda a diferença. Pratos coloridos, criativos e divertidos despertam o interesse das crianças. A técnica conhecida como food art, em que os ingredientes são organizados em formatos de rostos, animais ou personagens, é simples de aplicar e comprovadamente eficaz, principalmente entre os pré-escolares.

Além disso, o ambiente durante as refeições também importa. Evitar distrações como televisão e celulares, respeitar o apetite da criança e não usar a comida como punição ou recompensa são passos fundamentais para construir uma relação mais consciente com os alimentos.

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É possível mudar hábitos, mesmo que tarde

Mesmo que o padrão alimentar da família já esteja enraizado em opções industrializadas ou hábitos pouco saudáveis, nunca é tarde para mudar. A infância e adolescência são fases de alta plasticidade comportamental, ou seja, momentos ideais para ressignificar a relação com a alimentação.

Mais do que proibir alimentos ou moralizar escolhas, é preciso ensinar os benefícios dos alimentos naturais e o impacto positivo no bem-estar”, explica Karla. Quando esse entendimento vem de forma positiva e prazerosa, as mudanças se tornam mais sustentáveis.

Brincar também educa

Brincadeiras educativas podem ser aliadas valiosas no processo. A nutricionista destaca que o lúdico ajuda no aprendizado nutricional ao criar experiências afetivas com a comida. Jasmine recomenda três atividades simples e eficazes para colocar em prática:

  • Brincadeiras sensoriais com alimentos: deixe a criança tocar, cheirar e explorar frutas, legumes e grãos, sem a obrigação de comer.

  • Contação de histórias com alimentos como personagens: transforme ingredientes do cotidiano em heróis, vilões e protagonistas de narrativas criativas.

  • Oficinas culinárias infantis: preparar uma receita simples juntos é um ótimo momento para aprendizado e diversão, além de incentivar o interesse pela origem dos alimentos.

Com informação, paciência e criatividade, é possível sim mudar a relação das crianças com a comida e construir um futuro mais saudável, equilibrado e saboroso.

"O conteúdo deste site é destinado a fins informativos e educacionais, e não se destina a fornecer aconselhamento médico, dermatológico, nutricional ou de qualquer outra natureza. As informações aqui apresentadas não devem ser utilizadas para diagnosticar ou tratar qualquer problema de saúde. Recomendamos que você consulte um profissional de saúde qualificado para obter um diagnóstico preciso e um plano de tratamento individualizado."

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