Carambola pode prejudicar a saúde dos rins? Especialistas explicam

Embora seja uma fruta repleta de nutrientes e antioxidantes benéficos, o consumo excessivo de carambola pode trazer riscos à saúde. Confira o que os especialistas explicam sobre o assunto

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em 31/01/2025 Guilherme Gusmao
Foto: Carambola / iStock

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A carambola, com seu formato estonteante de estrela, é uma verdadeira joia tropical que encanta tanto pelo visual quanto pelo sabor. Seu toque levemente ácido e doce conquista qualquer paladar. Mas, como toda estrela, ela também tem seu lado sombrio, e muitos desconhecem os riscos que o consumo da carambola pode oferecer.

Nativa do sudeste asiático e plantada no estado de Pernambuco em 1817, a fruta ganhou o coração dos brasileiros, sendo consumida de diversas formas: fresca, em sucos refrescantes, saladas crocantes e até em deliciosas sobremesas. Contudo, para os admiradores do alimento, é essencial ter atenção redobrada ao saboreá-lo.

Isso se deve a uma toxina chamada caramboxina, que, em grandes quantidades, pode se acumular no corpo e gerar sérios danos, principalmente para pessoas com problemas renais e diabetes. Isso acontece porque esses indivíduos têm dificuldades em eliminar a substância do organismo, o que pode resultar em toxicidade.

Carambolas

Em estudos, pesquisadores da Faculdade de Medicina (FMRP) e da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCFRP) da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, alertam para esses riscos, revelando que, em excesso, a caramboxina pode afetar negativamente a função renal e a saúde em geral.

Caso essa toxina atinja o sistema nervoso central, pode provocar distúrbios neurológicos graves, com sintomas como soluços persistentes, confusão mental, convulsões, coma e, em casos extremos, até levar à morte.

Em entrevista ao site Receitas, da Globo, a médica Márcia Lisboa, especialista em nutrologia clínica e hemoterapia, esclareceu que, além da caramboxina, a carambola contém oxalato de cálcio, uma substância que pode causar litíase renal – as conhecidas pedras nos rins.

A especialista ainda destacou que, além das pessoas com problemas renais, pacientes que utilizam certos medicamentos, como inibidores da enzima CYP3A4, também devem evitar a carambola. Isso porque a fruta pode interagir com esses remédios e provocar efeitos adversos no organismo.

Apesar desses cuidados, é importante destacar que a carambola não deve ser vista como uma vilã para a saúde. Ela é rica em vitamina C, potássio e fibras, nutrientes que contribuem para o bom funcionamento dos sistemas cardíaco, imunológico e digestivo.

A médica também fez questão de reforçar que, para pessoas saudáveis, o consumo de até uma ou duas carambolas por dia é seguro e benéfico, desde que não haja exageros.

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