Glúten faz mal? Especialista alerta sobre os perigos de retirá-lo da dieta sem necessidade

Eliminar o glúten sem recomendação médica pode trazer riscos graves à saúde, alerta nutricionista. Entenda quando a exclusão é realmente necessária

Imagem de Pão sem glúten e sem lactose - Pão sem glúten e sem lactose - iStock
Foto: Imagem de Pão sem glúten e sem lactose / Pão sem glúten e sem lactose - iStock
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Nos últimos anos, cortar o glúten da dieta se tornou quase uma moda, especialmente nas redes sociais e em programas de emagrecimento. Essa proteína, encontrada em cereais como trigo, centeio, malte e cevada, tem sido alvo de debates acalorados no universo da nutrição. Muitos associam o glúten a ganho de peso e desconfortos gastrointestinais, mas especialistas reforçam: eliminá-lo sem indicação médica pode trazer sérias consequências para a saúde.

Segundo a nutricionista Alyne Nunes, professora do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), integrante do Ecossistema Ânima, a exclusão total do glúten só é recomendada em casos específicos, como para quem tem doença celíaca ou intolerância confirmada. Fora disso, retirar a proteína do cardápio pode trazer riscos, como desenvolvimento de transtornos alimentares, aumento do estresse, surgimento de deficiências nutricionais e até predisposição a doenças crônicas, como diabetes e problemas cardiovasculares.

O que muitas pessoas não percebem é que a sensação de bem-estar relatada ao cortar o glúten pode estar ligada, na verdade, à diminuição do consumo de alimentos ultraprocessados. “Não há evidências científicas de que o glúten engorde. O que ocorre é que ele está presente em produtos calóricos, consumidos em excesso e com pouco equilíbrio”, explica Alyne.

Outro ponto levantado pela especialista é que a sensibilidade não celíaca ao glúten pode surgir em diferentes momentos da vida, mas nem sempre é permanente. Já a doença celíaca é uma condição genética, que exige a exclusão definitiva da proteína para evitar sérios danos ao organismo.

Por isso, antes de adotar dietas restritivas inspiradas em tendências da internet, é essencial buscar a orientação de um nutricionista ou médico. Cortar o glúten por conta própria pode comprometer a saúde a longo prazo.

Quando o profissional indica a retirada, é preciso substituir o glúten por alimentos variados e nutritivos, garantindo o equilíbrio e a manutenção da saúde”, ressalta Alyne Nunes.

A mensagem é clara: dietas radicais, sem acompanhamento, podem parecer soluções rápidas, mas escondem riscos silenciosos. O cuidado com o corpo começa pela informação de qualidade e pelo acompanhamento de especialistas.

"O conteúdo deste site é destinado a fins informativos e educacionais, e não se destina a fornecer aconselhamento médico, dermatológico, nutricional ou de qualquer outra natureza. As informações aqui apresentadas não devem ser utilizadas para diagnosticar ou tratar qualquer problema de saúde. Recomendamos que você consulte um profissional de saúde qualificado para obter um diagnóstico preciso e um plano de tratamento individualizado."

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