O que acontece se comer fast-food todo dia? Nutricionista responde
Comer fast-food e alimentos ultraprocessados todos os dias pode ter consequências graves para a saúde. A nutricionista Roseli Rossi revelou ao ‘Metropoles’ estas condições.
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Na correria do dia a dia, a praticidade do fast-food pode ser tentadora. No entanto, em entrevista ao portal ‘Metropoles‘, a nutricionista Roseli Rossi alerta que consumir esses alimentos ultraprocessados diariamente pode ter consequências graves para a saúde, a curto, médio e longo prazo.
Embora um lanche rápido satisfaça a fome, essa escolha pode levar ao desenvolvimento de doenças que vão muito além do que se imagina.
Experimento norte-americano
Um exemplo emblemático é o documentário “Super Size Me – A Dieta do Palhaço“, de Morgan Spurlock, que se tornou um marco ao expor os efeitos devastadores de uma dieta exclusivamente composta por fast-food.
Durante 30 dias, Spurlock manteve um estilo de vida semelhante e sem regras. Por consequência, ele acabou ganhando 11 quilos e enfrentou sérios problemas de saúde. Em março deste ano, Morgan Spurlock morreu aos 53 anos em decorrência de um câncer.
O que dizem os especialistas?
Entre os perigos do consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, Rossi aponta o aumento do risco de câncer como um dos principais. “Esses alimentos são ricos em açúcares, gorduras, sódio e aditivos, e seu consumo frequente pode desencadear disfunções digestivas, como queimação, má digestão, e até quadros de agitação e ansiedade,” afirma.
Com o tempo, o corpo pode apresentar alterações metabólicas evidenciadas em exames laboratoriais, levando a doenças como obesidade, diabetes, e problemas cardiovasculares. A nutricionista destaca que, para pessoas com saúde comprometida, esses riscos se tornam ainda maiores.
Além das consequências físicas, a relação entre uma dieta pobre em nutrientes e problemas de saúde mental também é alarmante. Um estudo realizado na Espanha revelou que a falta de nutrientes, combinada ao consumo de fast-food, aumenta em 51% o risco de depressão.
Pesquisas do Instituto Karolinska, em Estocolmo, associaram esses lanches a um maior risco de desenvolvimento de Alzheimer.