Páscoa 2025: Setor de bares e restaurantes projeta aumento de vendas no feriadão de abril

Com a proximidade do feriadão de abril, o setor de alimentação fora do lar em Pernambuco ganha fôlego e acena para a recuperação financeira. A expectativa para a Páscoa 2025 é positiva: 47% dos bares e restaurantes do estado acreditam que irão faturar mais neste ano do que durante a Semana Santa de 2024. O dado é resultado de uma nova pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Pernambuco (Abrasel-PE), realizada entre os dias 24 de março e 1º de abril.

A pesquisa detalha que 14% dos estabelecimentos projetam aumento de até 5% no faturamento, enquanto 17% esperam crescimento entre 6% e 10%. Já 12% dos empresários estimam alta entre 11% e 20%. Um grupo mais otimista aponta para um cenário ainda melhor: 2% acreditam em crescimento entre 21% e 30%, e outros 2% esperam ultrapassar os 30% de aumento.

Apesar do otimismo, 34% dos entrevistados acreditam que o faturamento será semelhante ao do ano anterior, e apenas 19% projetam queda nas vendas. Para a Abrasel-PE, o resultado reforça a capacidade de resiliência e confiança do setor em momentos estratégicos como a Páscoa.

“Os números revelam que o setor, muito sabiamente, continua acreditando no seu potencial de retomada, especialmente diante de datas com forte apelo comercial, como o feriadão de abril. A experiência mostra que a Páscoa deve representar um alívio financeiro para muitos estabelecimentos. Tivemos um fevereiro desafiador, mas o cenário aponta para a recuperação”, afirma Tony Sousa, presidente da Abrasel em Pernambuco.

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Desafios persistem, mas setor mostra força

Mesmo com o tom otimista, a realidade ainda apresenta obstáculos. Segundo o levantamento, 21% dos bares e restaurantes registraram prejuízo em fevereiro, número que representa um aumento de 8 pontos percentuais em relação a janeiro. Ao mesmo tempo, 32% obtiveram lucro, e 46% operaram com estabilidade.

Outro desafio apontado é a dificuldade em repassar a inflação aos preços dos cardápios. 23% dos empresários afirmaram não ter conseguido reajustar os preços nos últimos 12 meses. A maioria (64%) fez correções abaixo ou em linha com a inflação, e apenas 13% conseguiu aplicar aumentos superiores aos índices inflacionários.

“Esse dado evidencia o esforço do setor em manter competitividade e preservar o poder de compra do consumidor, mesmo sob pressão de custos crescentes”, pontua Tony Sousa.

O endividamento também preocupa: 33% dos estabelecimentos relataram dívidas em atraso. Os principais débitos estão concentrados em impostos federais (81%), estaduais (65%) e empréstimos bancários (42%).

Mesmo com esses números, a Páscoa de 2025 surge como uma oportunidade estratégica para retomada. Para muitos bares e restaurantes, é o momento de reconquistar clientes, movimentar o caixa e equilibrar contas em um ano que começou desafiador, mas que ainda guarda boas perspectivas.