Frutas mais baratas no mercado: após ‘tarifaço de Trump’, veja quais frutas já caíram de preços

Com tarifa total de 50% dos EUA sobre frutas brasileiras, feiras no Brasil já registram queda de até 50% nos preços

IStock/Lina Moiseienko - Imagem de frutas expostas em feira de rua
Foto: IStock/Lina Moiseienko / Imagem de frutas expostas em feira de rua
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O tarifaço anunciado pelo ex-presidente americano Donald Trump ainda nem entrou em vigor oficialmente, mas seus efeitos já começaram a ser sentidos bem longe dos corredores diplomáticos.

Nas feiras livres do Brasil, o consumidor tem encontrado frutas mais baratas, especialmente uva e manga, cujos preços despencaram nas últimas semanas, em alguns casos com redução de até 50%. As informações são do O Globo.

Com a nova tarifa adicional de 40% sobre frutas brasileiras, que, somada à taxa já existente de 10%, eleva a taxação total para 50%. Produtores estão priorizando o mercado interno, o que tem resultado em maior oferta de frutas por aqui.

Quedas expressivas nos preços

O feirante Jefferson Batista, que atua no Flamengo, zona sul do Rio de Janeiro, em entrevista ao O Globo, conta que a caixa de uvas que comprava por R$ 60 caiu para R$ 35 em uma semana. Já o preço da bandeja passou de R$ 12 para R$ 7. Mas foi a manga palmer que mais surpreendeu:

A caixa com 30 mangas custava R$ 100 e agora estou pagando R$ 50. Nunca vi cair tanto em tão pouco tempo”, relata Batista.

Do outro lado da barraca, Washington Lima também notou o movimento:

Semana passada, vendia uma manga por R$ 10. Agora, com três por R$ 10, tá saindo igual água. Quase agradeci ao Trump”, brinca.

Safra ou tarifa?

Apesar da percepção dos feirantes, especialistas pedem cautela antes de associar toda a queda ao tarifaço. Para o economista André Braz, da FGV IBRE, há outros fatores relevantes. Ele destaca que a safra da uva, por exemplo, já vinha pressionando os preços para baixo desde o início de julho, com quedas acumuladas de até 5,5%.

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No caso da manga, a situação é um pouco diferente. A fruta iniciou o mês de julho com uma alta de 15% e passou a cair após o anúncio das tarifas em 9 de julho, encerrando o mês com retração de 7,2%.

“É um exemplo clássico de como o mercado pode reagir rapidamente a medidas comerciais. Há uma combinação entre sazonalidade e efeitos da política externa”, explica Braz.

O que isso significa para o consumidor?

A boa notícia é que, pelo menos no curto prazo, o consumidor brasileiro pode aproveitar uma oferta maior e preços mais acessíveis para frutas de exportação.

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Uvas, mangas e outras frutas com presença significativa no mercado americano tendem a ser redirecionadas para abastecer o mercado interno, aumentando a concorrência e ajudando a segurar os preços.

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