Este alimento pode aumentar o risco de demência, segundo Harvard
Conforme pesquisa, certos hábitos alimentares podem elevar o risco de demência e ressaltar estratégias para proteger a saúde do cérebro.

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O consumo de carne vermelha processada, comum na dieta brasileira, pode aumentar o risco de demência e declínio cognitivo.
Essa conclusão é de um estudo da Universidade de Harvard, em parceria com outras instituições, publicado na revista Neurology.
A pesquisa analisou dados de mais de 130 mil pessoas ao longo de décadas, evidenciando a preocupante relação entre dieta e saúde cerebral.
Confira mais detalhes a seguir.
Qual é o impacto da carne vermelha na saúde do cérebro?

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Pesquisadores descobriram que o consumo regular de carnes vermelhas processadas, como bacon, linguiça e mortadela, pode aumentar em 13% o risco de demência, mesmo considerando fatores como histórico familiar, estilo de vida e condições socioeconômicas.
O consumo excessivo de carnes não processadas, como bifes e hambúrgueres, também está associado ao declínio cognitivo.
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Uma porção típica de carne vermelha processada, como duas fatias de bacon ou um cachorro-quente, já pode elevar esse risco quando consumida diariamente. Cada porção média diária pode corresponder a um declínio cognitivo equivalente a 1,6 ano.
Os cientistas sugerem que isso pode estar relacionado ao N-óxido de trimetilamina (TMAO), uma substância formada pela decomposição da carne que pode agravar a disfunção cognitiva ao incentivar a formação de agregados de proteínas associados ao Alzheimer.
Outra hipótese é que os altos níveis de gordura saturada e sal na carne vermelha podem prejudicar a saúde das células cerebrais.
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Apesar dessas sugestões, os pesquisadores ressaltam a necessidade de mais estudos para confirmar esses mecanismos.
Como reduzir o risco de demência com a alimentação?

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Substituir carne vermelha processada por fontes de proteína como peixes, nozes e leguminosas pode proteger o cérebro, reduzindo o risco de demência em até 20%.
Especialistas ressaltam que uma dieta equilibrada e rica em alimentos naturais é essencial para a saúde cognitiva ao longo da vida.
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Daniel Wang, um dos autores do estudo, observa que as diretrizes alimentares costumam focar em doenças crônicas, ignorando a saúde cognitiva, que está relacionada a essas condições.
No estudo, com uma média de idade de 49 anos, mais de 11 mil participantes foram diagnosticados com demência durante os 43 anos de acompanhamento.
Esses resultados destacam a importância de escolhas alimentares saudáveis desde cedo, pois os efeitos do declínio cognitivo podem aparecer ao longo das décadas.