Anvisa proíbe venda de tapioca com creatina em todo o Brasil; veja marcas suspensas
Anvisa suspende a venda de tapioca com creatina no Brasil. Entenda os riscos, os motivos da proibição e as marcas afetadas.

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão da fabricação, comercialização e distribuição de tapiocas que contenham creatina em sua composição. As informações são do site do Conselho Federal de Farmácia (CFF).
A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (6/1) e afeta marcas específicas que violaram normas de segurança alimentar. A creatina, amplamente utilizada como suplemento por atletas, não possui autorização para ser adicionada a alimentos convencionais.
De acordo com a resolução nº 4.871/2024, a tapioca de goma pronta com creatina, fabricada pela empresa Rocha & Filhos LTDA, foi proibida por não apresentar avaliação de segurança necessária. A Anvisa reforçou que a creatina só é permitida em suplementos alimentares e é restrita ao consumo de adultos com 19 anos ou mais.
Além disso, a marca Pernambuquinha também sofreu restrições. Um lote específico de tapioca foi retirado do mercado conforme a resolução nº 4.734, que identificou a presença do suplemento na composição do produto.
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Por que a creatina foi proibida em alimentos?
A creatina é reconhecida por seu papel no aumento da força e no desenvolvimento muscular. Ela age no sistema anaeróbico aláctico (via ATP-CP), fornecendo energia extra para exercícios de alta intensidade. No entanto, o uso da substância deve ser feito de forma controlada, com orientação profissional, e está regulamentado exclusivamente para suplementos.
Em entrevista ao Metrópoles, a nutricionista Luiza Franco, da clínica Consciência Nutricional, explicou: “A creatina é segura e oferece benefícios como maior energia durante exercícios e prevenção da sarcopenia. No entanto, seu uso precisa ser prescrito por profissionais de saúde, respeitando as necessidades individuais.”