Bebida pode acelerar a progressão do Alzheimer, diz pesquisa

O consumo excessivo desta bebida pode ocasionar em problemas neurológicos, principalmente o Alzheimer, confira mais detalhes a seguir.

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em 29/01/2025 Gabriella Zilma

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Um recente estudo conduzido por cientistas da Scripps Research alerta sobre os riscos associados ao consumo excessivo de álcool, especialmente em relação à progressão da doença de Alzheimer, uma das principais causas de demência globalmente.

Publicado na revista eNeuro em 19 de setembro de 2024, o estudo aponta que o uso excessivo de bebidas alcoólicas pode intensificar a evolução da doença por meio de mecanismos que incluem inflamação cerebral e morte celular.

Embora fatores como envelhecimento e predisposição genética desempenhem papéis significativos no desenvolvimento do Alzheimer, aspectos do estilo de vida, como dieta e atividade física, estão sendo cada vez mais reconhecidos como influentes. Este estudo traz à tona a relevância do consumo de álcool nesse contexto.

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A pesquisa identificou ligações biológicas que conectam o transtorno do uso de álcool à doença de Alzheimer, ampliando a compreensão sobre como esses dois problemas podem interagir.

Os pesquisadores examinaram a expressão gênica em amostras cerebrais de indivíduos com diferentes estágios da doença e aqueles diagnosticados com transtorno por uso de álcool.

Focando no neocórtex, região crucial para funções cognitivas como memória e tomada de decisões, os cientistas observaram um aumento na atividade dos genes inflamatórios em ambos os grupos estudados.

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As microglia, células imunológicas presentes no cérebro, mostraram respostas elevadas que poderiam comprometer a barreira hematoencefálica, permitindo a entrada de substâncias nocivas no cérebro e prejudicando a função cognitiva.

Além disso, foi constatado que tanto a doença de Alzheimer quanto o transtorno por uso de álcool apresentaram uma redução na atividade de genes fundamentais para a sinalização sináptica.

Essa diminuição foi particularmente notável em pacientes com estágios avançados da doença e aqueles com histórico prolongado de consumo excessivo de álcool.

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As análises também revelaram danos nos vasos sanguíneos do cérebro, que afetam o fornecimento adequado de oxigênio e nutrientes, contribuindo para um declínio cognitivo acentuado.

Nos primeiros estágios do Alzheimer, problemas relacionados à autofagia — processo responsável pela remoção de componentes celulares danificados — foram identificados, evoluindo para inflamação e morte celular em fases mais avançadas.

Os resultados sugerem que o transtorno do uso de álcool pode ser um fator agravante no desenvolvimento da doença de Alzheimer.

O estudo indica que o álcool não apenas amplifica as interrupções moleculares ligadas à inflamação, mas também impacta negativamente a função neuronal, implicando que um consumo elevado pode intensificar os danos cerebrais já existentes associados ao Alzheimer.

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Essa pesquisa oferece valiosos insights sobre como escolhas relacionadas ao estilo de vida podem afetar a saúde cerebral.

Embora o consumo moderado possa não ser considerado prejudicial, o uso crônico ou excessivo pode aumentar o risco, ou agravar a progressão da doença.

No entanto, os autores ressaltam que a amostra referente ao transtorno por uso de álcool era relativamente pequena e que são necessárias investigações mais amplas para validar esses achados em populações diversas.

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