Suplementos com promessas milagrosas são alvo de proibição da Anvisa; veja qual a marca e o que motivou a decisão

Anvisa pune marca de suplementos por propaganda irregular e uso de substâncias não permitidas. Entenda os riscos à saúde.

Anastasiia Zabolotna/IStock - Imagem ilustrativa de um pote de creatina
Foto: Anastasiia Zabolotna/IStock / Imagem ilustrativa de um pote de creatina
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, na última quinta-feira (15), a suspensão da comercialização, distribuição, uso e propaganda dos suplementos alimentares da marca Power Green.

Vendidos exclusivamente pela internet, os produtos chamaram atenção por prometer benefícios sem comprovação científica e por utilizarem substâncias classificadas de maneira incorreta, o que motivou a proibição publicada no Diário Oficial da União.

Segundo a Anvisa, a marca fazia uso de ingredientes que, embora naturais e até comuns na alimentação e fitoterapia, não são permitidos na formulação de suplementos alimentares regulamentados no Brasil.

Entre as substâncias citadas estão castanha-da-índia, gengibre, ginseng, ora-pro-nóbis, valeriana e maca peruana. Além disso, os produtos eram divulgados com alegações de saúde que ultrapassam os limites legais, como supostos efeitos sobre o sistema cardiovascular, digestivo e até sobre a libido e fertilidade.

As alegações irregulares incluíam promessas como “redução de inflamações e dores”, “melhora da circulação”, “combate à osteoartrite e enxaqueca”, “regulação hormonal”, “tratamento de ansiedade e distúrbios do sono”, entre outras funções terapêuticas não permitidas pela regulamentação atual. É importante destacar que, conforme esclarecido pela própria Anvisa, os suplementos alimentares não podem ser divulgados como produtos para prevenção ou tratamento de doenças. Sua função é apenas complementar a dieta com nutrientes e substâncias bioativas de forma segura.

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Mesmo após a interdição, a loja virtual da Power Green permaneceu no ar até a manhã de sexta-feira (16), com produtos ainda disponíveis para venda, como creatina, complexo B e coenzima Q10. O site também continuava alegando que seus produtos eram certificados pela Anvisa, o que contraria diretamente a decisão da agência, e, além disso, promovia um sistema de revenda, o que pode configurar outro problema regulatório.

A Anvisa alerta que consumidores devem desconfiar de produtos que prometem resultados rápidos, principalmente em áreas como emagrecimento, controle de ansiedade ou melhora de desempenho sexual. Essas promessas, segundo a entidade, costumam não ter comprovação científica e podem colocar a saúde em risco, além de violar as normas de publicidade de produtos sujeitos à vigilância sanitária.

Até o momento da publicação desta reportagem, a empresa responsável pelos suplementos Power Green não havia se manifestado sobre a suspensão.

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