Empregos em restaurantes: setor abriu mais de 4,5 mil vagas formais em junho

O mercado de trabalho no setor de restaurantes, bares e lanchonetes demonstrou um fôlego considerável em junho de 2025. De acordo com um levantamento da Associação Nacional dos Restaurantes (ANR), em parceria com a consultoria Future Tank, foram abertas 4.545 novas vagas formais de emprego no mês. Esse número representa o saldo positivo entre as admissões e os desligamentos, superando o desempenho de maio, embora ainda fique ligeiramente abaixo das 5.044 vagas criadas no mesmo período de 2024.

O setor de food service é um pilar vital da economia nacional, gerando empregos diretos para aproximadamente 1,5 milhão de pessoas e movimentando um faturamento anual na ordem de R$ 200 bilhões em cerca de 700 mil estabelecimentos. A contínua criação de vagas, mesmo em um cenário de variações econômicas, reforça sua resiliência e importância social.

Contratações: São Paulo e Rio de Janeiro em destaque

A geração de quase 4,6 mil empregos em junho de 2025 foi impulsionada por um movimento positivo em 22 das 27 unidades da federação. Isso mostra que o setor de alimentação fora do lar tem um alcance nacional e contribui para o desenvolvimento em diferentes regiões do país.

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Entre os estados que mais se destacaram no mês de junho, São Paulo liderou com folga, registrando a abertura de 1.848 novas vagas. Em seguida, o Rio de Janeiro somou mais 993 postos de trabalho, e o Ceará registrou um saldo de 480 vagas. Esses números indicam uma concentração de oportunidades nas grandes capitais e regiões metropolitanas, mas também sinalizam o crescimento em importantes centros regionais como o Ceará.

Em contraponto, alguns estados enfrentaram desafios, com Santa Catarina apresentando o pior resultado do mês, com o fechamento de 311 vagas.

O desempenho do primeiro semestre de 2025

Olhando para o panorama completo, o primeiro semestre de 2025 registrou a criação de 12.038 empregos formais no setor de restaurantes brasileiros. Apesar de positivo, este saldo é menor do que o alcançado no mesmo período do ano passado, quando 17.912 vagas haviam sido criadas. A queda no ritmo de contratações em alguns locais é um ponto de atenção, mas não ofusca a capacidade do setor de manter um saldo positivo em um período de desafios econômicos.

No acumulado semestral, a liderança em contratações mudou, mas as regiões Sul e Sudeste continuaram no foco. O Rio de Janeiro liderou o ranking de janeiro a junho, com a abertura de 1.434 vagas. São Paulo, que liderou em junho isoladamente, ficou em segundo lugar no semestre com 1.228 novas vagas, e o Paraná ocupou a terceira posição com 1.195 postos de trabalho criados.

É notável que 26 das 27 unidades da federação apresentaram saldo positivo no semestre, o que reforça o papel dos restaurantes como um motor de empregabilidade em quase todo o país. Novamente, Santa Catarina teve o pior desempenho semestral, acumulando o fechamento de 845 postos de trabalho formais.

Fernando Blower, diretor executivo da ANR, enfatiza a relevância dos números:

“É importante destacar que, mesmo com um resultado inferior ao do ano passado, o setor continua gerando empregos e demonstrando sua relevância para a economia brasileira.”

Ele também ressalta que a desaceleração em algumas regiões “reforça a necessidade de políticas que estimulem a atividade e a formalização no food service“.

O setor de alimentação fora do lar não apenas alimenta o público, mas também é uma fonte robusta de sustento para milhões de famílias e um termômetro importante da atividade econômica.