Páscoa 2025: Cesta ficará estável, mas chocolate sobe e pesa no bolso, aponta FecomercioSP

Mesmo com altas pontuais, cesta de Páscoa deve ter leve queda de preço. Supermercados projetam alta de 5% no faturamento

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em 14/04/2025 Guilherme Gusmao

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Em um cenário de pressão inflacionária sobre os alimentos, os tradicionais chocolates da Páscoa também sentiram o impacto. Segundo levantamento da FecomercioSP com base em dados do IBGE, os preços do chocolate em barra e bombons registraram aumento de 18,5% nos últimos 12 meses. Já o chocolate em pó teve alta de 15,7% no mesmo período.

Apesar disso, o custo total da cesta de produtos típicos da Páscoa — como pescados, azeite, ovos e farináceos — deve se manter praticamente estável em relação ao ano passado. A variação é de -0,43%, uma leve retração que contrasta com a alta expressiva de mais de 20% registrada em 2023.

O aumento dos chocolates acontece, dentre outros fatores, por causa da quebra na safra dos grandes players do produto no mercado internacional, como é o caso de Gana, na África. Por isso, o item disparou em nível mundial. Ainda assim, como esse tipo de alimento tem repercussão menor no orçamento das famílias, o seu peso será relativizado com as retrações de outros — sem que, por outro lado, essa alta deixe de ser notada.

A retração nos preços médios da cesta como um todo se explica, sobretudo, pelo preço do arroz, que recuou 4,13% nos últimos 12 meses.

 

Divulgação

Comparação com 2024

As expectativas para o consumo durante o mês da Páscoa são animadoras. De acordo com projeção da FecomercioSP, os supermercados paulistas devem registrar um crescimento de 5% no faturamento em abril, em comparação com o mesmo mês de 2023. Além do efeito sazonal da data comemorativa, esse avanço é impulsionado por fatores como o mercado de trabalho aquecido, o aumento da renda das famílias e a maior disponibilidade de crédito.

Na análise dos principais produtos consumidos no período, alguns apresentaram queda nos preços. Os pescados, tradicionalmente mais procurados durante a Semana Santa, tiveram redução de 0,29%. Outras quedas expressivas foram registradas na batata-inglesa (-40,51%), cebola (-37,62%) e tomate (-7,66%), o que ajuda a aliviar o custo da cesta de alimentos.

Por outro lado, alguns itens subiram consideravelmente. O alho teve alta de 26,37%, seguido pela azeitona (13,28%) e pelo ovo de galinha (13,23%), que tem se destacado como um dos principais vilões do carrinho de compras neste início de ano.

Para os empresários que atuam diretamente com a venda de ovos de Páscoa, a alta no preço do chocolate deve impactar a margem de lucro. Marcas consolidadas tendem a repassar esse custo ao consumidor final com mais facilidade. Já pequenos produtores e empreendedores iniciantes podem enfrentar dificuldades para competir em preço, especialmente se não conseguirem absorver o aumento da matéria-prima.

Preços na Grande São Paulo

A situação é semelhante na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Os valores do chocolate em barra e dos bombons aumentaram 17,91%, enquanto o chocolate e o achocolatado em pó apontaram alta de 16,74% [tabela 2].

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Em 2024, o preço da cesta havia subido 17,75%, em média, mas, nesta Páscoa, a variação média da alta será de apenas 2,19%. Nos produtos, os destaques com retração ficaram por conta do arroz (2,08%), da batata-inglesa — liderando as retrações, com -29,82% — e da cebola (-24,57%). Os pescados tiveram leve aumento (0,32%).

A Federação indica que o consumidor pesquise, compare os preços dos estabelecimentos e aproveite os descontos para pagamento por PIX e os dias de promoções, com o objetivo de reduzir o custo total dos produtos para a Páscoa.

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