Diga sim ao café! 10 razões para não Recusar a bebida
Quer mais motivos para não recusar a próxima xícara? Confira 10 razões para dizer sim ao café com prazer e sem culpa

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O café ocupa um lugar especial na rotina e no coração dos brasileiros. Para se ter ideia, o país consome, em média, 1.430 xícaras por ano. Com números tão expressivos, nada mais justo do que celebrar o Dia Mundial do Café, na próxima segunda-feira (14).
Mais do que uma homenagem à bebida, a data também convida à reflexão sobre práticas sustentáveis em toda a cadeia produtiva — desde o cultivo até o descarte responsável dos resíduos. Isso inclui, por exemplo, a atenção com as cápsulas usadas nas máquinas de café expresso, que precisam de um destino adequado para não prejudicar o meio ambiente.
Mas quando chega o momento do cafezinho, o que realmente importa é apreciar o sabor. Seja o tradicional coado, o expresso encorpado ou versões mais ousadas com notas e aromas diferenciados, o café é um elo cultural que conecta pessoas em qualquer parte do mundo — do balcão do bar à cafeteria gourmet.
Além de ser um prazer diário, o café também é um aliado da saúde. Rico em compostos bioativos, ele pode melhorar o foco, a memória, a concentração e até mesmo o desempenho cognitivo. No entanto, vale lembrar: a qualidade da bebida varia de acordo com o tipo de grão, o método de preparo e as condições do cultivo.

Xícara com café – Divulgação
“A cafeína — principal substância do café — não é 100% inofensiva, embora contribua para várias funções do nosso organismo. É um estimulante do sistema nervoso central que pode interferir no funcionamento do cérebro e do resto do corpo, de forma positiva ou negativa, de acordo com a dose. Aquela vontade exagerada de tomar café pode ser uma dependência mais psicológica do que biológica, pois muitas pessoas associam a bebida à maior disposição e energia, especialmente em momentos de estresse. A rápida absorção da cafeína é que traz essa sensação de bem-estar e o não consumo, sintomas de abstinência”, explica o Prof. Dr. Durval Ribas Filho — Médico Nutrólogo, Fellow da The Obesity Society – TOS (EUA), Presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) e docente da pós-graduação CNNUTRO.
Outro cuidado, alerta o especialista, é que “a cafeína não está apenas na xícara de café, mas também na composição de outros alimentos, como refrigerantes tipo cola, bebidas energéticas, chás (verde, mate e preto), chocolate, suplementos alimentares para treino e até medicamentos”.
Diante de tantos benefícios que o café oferece, que tal algumas orientações para aproveitá-lo da melhor forma possível? A Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) reuniu dicas valiosas para você saborear seu cafezinho com ainda mais prazer e consciência.
1. Faz bem para o coração
O café é rico em antioxidantes, substâncias químicas que ajudam a proteger as células. São minerais, vitaminas e flavonoides importantes para a circulação sanguínea. Por isso, o consumo moderado pode estar associado a um menor risco de doenças cardiovasculares.
2. Aliado do cérebro e contra a depressão
Ao se tomar café, auxilia-se o cérebro na liberação de estimulantes naturais, como a adrenalina (hormônio relacionado à disposição e euforia) e a dopamina, o chamado “hormônio da felicidade”, associada à motivação. Há melhora na função cerebral, com ganhos em concentração, memória e foco, essenciais no trabalho e nas atividades do dia a dia. Juntos, os antioxidantes e os compostos bioativos da bebida podem reduzir as chances de doenças neurodegenerativas.
3. Mais energia, menos fadiga e melhor performance
Ganhar uma energia extra está entre os efeitos fisiológicos mais conhecidos do café. O aumento da disposição ocorre graças à cafeína, alcaloide estimulante do sistema nervoso central, que ajuda a combater a fadiga após um dia exaustivo de estudos ou trabalho, além de contribuir para aumentar a resistência e o desempenho nos exercícios físicos.
4. Café demais pode fazer mal
O excesso de cafeína, embora possa melhorar a concentração e a atenção, também pode desencadear irritação, ansiedade, nervosismo, agitação, arritmias e insônia, prejudicando a qualidade de vida e a regulação do metabolismo. Em casos raros, há risco de uma overdose de cafeína, com aceleração cardíaca, tonturas, descontrole muscular e dificuldade para respirar. Os efeitos variam de pessoa para pessoa, dependendo da idade, peso e da capacidade do fígado de metabolizar a substância.
5. Não ultrapasse a dose
Idade, altura, peso e hábitos de consumo diário interferem na tolerância à cafeína. É importante contabilizar também a cafeína presente em outros alimentos. Para um adulto saudável, com cerca de 70 kg, a European Food Safety Authority recomenda um consumo diário de 300 a 400 mg de cafeína — o equivalente a quatro xícaras de café coado.
6. Prefira sem açúcar
O ideal é tomar café sem açúcar, embora muitas pessoas ainda não tenham adquirido esse hábito. A não adição de açúcar ao café tem sido associada a um menor risco de desenvolver diabetes tipo 2, pois tanto a cafeína quanto outros compostos bioativos podem auxiliar na melhora da sensibilidade à insulina e no controle dos níveis de glicose no sangue.
7. Hora certa de tomar café
Prefira tomar café até o meio da tarde e consumir a bebida duas horas antes ou depois das principais refeições. Para algumas pessoas, a cafeína pode interferir no sono e prejudicar a atenção e a concentração no dia seguinte. Isso também depende do tipo de café: grãos com maior ou menor teor de cafeína e se é expresso ou coado. A bebida contém, ainda, substâncias que podem atrapalhar a absorção de certos nutrientes, como o ferro presente nas carnes, vegetais e feijões, e o cálcio do leite.
8. Mais ou menos cafeína
O café expresso tem, proporcionalmente, mais cafeína que o coado. Enquanto 30 ml de café expresso contêm cerca de 60 mg de cafeína, 125 ml (meia xícara) de café coado têm aproximadamente 85 mg. Já o café descafeinado passa por várias etapas no processo industrial para eliminar a cafeína, sendo uma opção para quem aprecia o sabor do café, mas não pode consumir a substância.
9. Fuja do café amanhecido
Embora o café amanhecido não seja necessariamente prejudicial, o ideal é não o consumir mais de 30 minutos após o preparo. Além da alteração no sabor e aroma, ocorre o início de um processo de oxidação, que degrada as substâncias da bebida e pode causar náuseas e até problemas gastrointestinais.
10. Quem não pode tomar café
A bebida não é recomendada para gestantes, mulheres que estão amamentando, pessoas com distúrbios do sono, indivíduos que sofrem de ansiedade ou pânico, menores de 12 anos e pessoas com refluxo. Portadores de problemas cardíacos ou glaucoma devem evitar ou consumir com orientação médica. Mesmo em indivíduos saudáveis, o excesso pode gerar ansiedade, insônia, tremores e palpitações cardíacas.
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