Leite faz bem? 5 dúvidas sobre consumo esclarecidas por especialistas

Especialistas esclarecem 5 dúvidas sobre o consumo de leite, reforçando que o alimento é seguro, nutritivo e essencial para a saúde da maioria da população.

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O leite continua sendo um dos alimentos mais presentes na mesa dos brasileiros, mas ainda gera controvérsias. Enquanto alguns defendem sua exclusão, especialmente por questões de intolerância ou alergia, especialistas reforçam que, para a maioria da população, ele é seguro, nutritivo e essencial em diferentes fases da vida.

Segundo consenso técnico da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) e da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN), o leite de vaca permanece entre os alimentos mais completos do ponto de vista nutricional, oferecendo proteínas de alto valor biológico, cálcio e vitaminas como D, B2 e B12, fundamentais para a saúde óssea, muscular e metabólica.

O leite é um alimento completo, acessível e fundamental para a saúde ao longo da vida. Seu consumo deve ser incentivado sempre que não houver contraindicação clínica”, afirma a nutricionista Dra. Aline David, doutora em Ciências pela USP.

A seguir, esclarecemos cinco dúvidas frequentes sobre o consumo de leite, com base em evidências científicas.

1. Leite é seguro para a maioria das pessoas

Não há justificativa técnica para retirar o leite da dieta de pessoas saudáveis. Casos de alergia à proteína do leite de vaca (APLV) e intolerância à lactose são condições específicas e não devem ser generalizadas. A exclusão sem diagnóstico pode resultar em deficiências nutricionais.

2. APLV e intolerância à lactose não são a mesma coisa

A APLV é uma reação imunológica às proteínas do leite e exige exclusão total do alimento. Já a intolerância à lactose está ligada à redução da enzima lactase, que pode causar desconforto digestivo. Muitas vezes, o intolerante pode consumir pequenas quantidades ou versões sem lactose.

3. APLV é rara e temporária

Cerca de 5,4% das crianças até 2 anos apresentam APLV, mas a maioria supera a condição: 87% até os 3 anos e 97% até os 15 anos. O acompanhamento médico é essencial para reintrodução do leite em momentos adequados.

4. Intolerância não significa exclusão total

Pessoas diagnosticadas geralmente toleram até 12 g de lactose sem sintomas. Um copo de 200 ml de leite, que contém de 8 a 10 g, pode ser consumido por muitos intolerantes. Estratégias incluem fracionar o consumo, escolher produtos sem lactose ou usar enzima lactase.

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5. A orientação profissional é indispensável

A retirada do leite só deve ser feita com avaliação clínica individual. Caso contrário, há risco de falta de proteínas, cálcio e vitaminas importantes, principalmente em fases como infância, gestação e envelhecimento.

O papel do leite ao longo da vida

O leite e seus derivados são aliados em todas as etapas da vida. Hoje, há diferentes versões no mercado — integral, semidesnatado, desnatado, sem lactose e até o leite A2, que pode ser mais bem tolerado por algumas pessoas.

Além disso, o leite materno continua sendo insubstituível nos primeiros anos de vida: deve ser exclusivo até os seis meses e complementado até os dois anos ou mais.

Para especialistas, garantir a presença do leite na alimentação é investir em saúde, praticidade e nutrição de qualidade, respeitando sempre as necessidades individuais.

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