Confira as tendências que devem marcar a Páscoa de 2025
A Páscoa de 2025, que será celebrada em 20 de abril, chega em meio a um cenário de incertezas econômicas e desafios para a indústria de chocolates. Mesmo assim, as…

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A Páscoa de 2025, que será celebrada em 20 de abril, chega em meio a um cenário de incertezas econômicas e desafios para a indústria de chocolates.
Mesmo assim, as empresas do setor apostam em inovação, afeto e criatividade para manter viva a tradição da troca de chocolates — com novidades que buscam equilibrar a experiência do consumidor com o atual contexto financeiro.
Cacau em alta histórica pressiona preços
Principal matéria-prima do chocolate, o cacau enfrenta uma das maiores crises das últimas décadas. Desde 2023, o produto registra aumentos expressivos e, no ano passado, alcançou a maior cotação em 50 anos.
Isso elevou os custos para os fabricantes e exigiu uma reestruturação nas estratégias de produção e vendas. Somado a isso, a inflação dos alimentos impacta o poder de compra da população, que precisa fazer escolhas mais criteriosas ao encher o carrinho.
Por outro lado, o fato de a Páscoa este ano acontecer mais distante do início do ano — período de despesas com impostos e matrículas — pode ser um alívio para as famílias que não abrem mão de celebrar a data.
Produção menor, mais variedade
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), a expectativa é de queda na produção de ovos de Páscoa. Em 2024, foram fabricadas cerca de 50 milhões de unidades. Este ano, a projeção é de aproximadamente 45 milhões — uma redução de 10%.
Apesar da retração, a diversidade de produtos aumentou. Em 2025, serão mais de 800 itens disponíveis, quase 100 deles inéditos, em comparação com os 600 lançados no ano passado. A ideia é oferecer alternativas variadas, com preços e tamanhos diferentes, para atingir um público mais amplo.
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As tendências da Páscoa 2025
1. Nostalgia como estratégia emocional
Grandes marcas apostam no resgate de sabores que marcaram gerações. A Nestlé, por exemplo, traz de volta os bombons clássicos Caribe, Chokito e Charge em versões especiais de ovos de Páscoa, além dos tradicionais KitKat. Já a Mondelez resgata o Bis sabor Limão, lançado em 2011, em uma edição comemorativa.
2. Shrinkflation: o mesmo produto, em versão menor
A estratégia de reduzir o tamanho dos produtos sem alterar (ou até mesmo reduzindo discretamente) o preço está presente também nesta Páscoa. A Mondelez, por exemplo, lançou uma versão menor da caixa de bombons Lacta, com 130g, ao lado da tradicional de 250g. A Ferrero segue o mesmo caminho, com foco em barras e caixas de bombons de porções reduzidas.
3. Combinações criativas para reduzir o uso de cacau
Com o aumento do preço do cacau, a indústria tem apostado em chocolates combinados com outros ingredientes. É o caso do ovo Chocotrio, da Nestlé, inspirado em uma barra com biscoito e chocolate ao leite. Além de reduzir o uso da matéria-prima encarecida, esses produtos oferecem experiências mais variadas por um preço competitivo.
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4. Interatividade e personalização
As marcas estão incorporando recursos digitais aos produtos. QR codes nas embalagens levam o consumidor a conteúdos exclusivos, jogos interativos e até experiências em realidade aumentada. Além disso, a personalização está em alta, com empresas permitindo que os clientes escolham sabores, embalagens e mensagens especiais.
5. Sustentabilidade e rastreabilidade
A demanda por produtos com origem controlada e sustentável segue em crescimento. Chocolates veganos, plant-based e com certificações de comércio justo aparecem em destaque nas prateleiras. O consumidor está mais atento à origem do que consome — e disposto a investir em marcas transparentes.