Especialista revela como o chocolate pode turbinar sua inteligência
Estudos mostram que o chocolate pode fazer muito mais do que agradar o paladar. Um especialista revela como ele pode impactar diretamente o cérebro.

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Se você é daqueles que não resistem a um pedaço de chocolate, talvez tenha mais um bom motivo para se entregar ao doce, com moderação, claro. Além de proporcionar prazer e aliviar o estresse, o chocolate, especialmente o amargo, tem chamado a atenção da ciência por seu impacto direto nas funções cognitivas.
Pesquisas recentes e a análise de especialistas apontam que os benefícios do chocolate vão além do sabor.
O Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Pós-PhD em Neurociências e membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos, afirma que o doce pode ser um aliado da inteligência. “O chocolate, especialmente o amargo, é uma rica fonte de flavonoides, que são poderosos antioxidantes”, destaca.
“Esses compostos promovem um aumento do fluxo sanguíneo para o cérebro, levando mais oxigênio e nutrientes às células nervosas, o que melhora o desempenho cerebral.”
Mas os efeitos positivos não param por aí. O chocolate também contém substâncias como a teobromina e a cafeína, conhecidas por seus efeitos estimulantes leves. Além disso, ele contribui para a produção de neurotransmissores como serotonina e feniletilamina, que impactam diretamente o humor e o bem-estar. “Esses elementos em conjunto podem melhorar a concentração, o raciocínio abstrato, a memória visual e a velocidade de processamento”, explica o neurocientista.
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O Dr. Fabiano destaca que há estudos promissores, inclusive com idosos, que indicam que o chocolate pode ajudar a retardar o declínio cognitivo relacionado à idade. Um ponto especialmente relevante em uma população cada vez mais preocupada com a longevidade mental.
Contudo, como tudo na vida, o equilíbrio é essencial. Apesar dos benefícios, há uma preocupação recorrente em relação à presença de metais pesados como chumbo e cádmio em algumas variedades do produto.
“É verdade que o chumbo pode ser prejudicial, principalmente em crianças, mas o ponto-chave é a quantidade”, ressalta o especialista. Segundo ele, a ciência já definiu um nível seguro de exposição, e os riscos podem ser controlados com moderação no consumo.
A recomendação do Dr. Fabiano é clara: “O ideal é consumir apenas um quadradinho de chocolate dia sim, dia não. Assim é possível aproveitar os benefícios cognitivos e de humor sem se expor aos efeitos negativos do excesso de açúcar ou dos metais pesados.”
E se você for escolher, opte sempre pelo chocolate amargo, com pelo menos 70% de cacau. “São esses que contêm mais flavonoides e menos açúcar, oferecendo o melhor para o cérebro e para o corpo”, finaliza.
A ciência está cada vez mais próxima de provar que, quando bem escolhido e consumido com responsabilidade, o chocolate pode ser mais do que uma indulgência: pode ser um aliado valioso para o funcionamento mental e o bem-estar.