Polos da Rota do Cacau fortalecem pequenos produtores e indústria do chocolate

Celebrado em 7 de julho, o Dia Mundial do Chocolate vai além da celebração de um dos doces mais amados do planeta. A data é também um convite para refletir sobre toda a cadeia produtiva que torna esse produto possível, e no Brasil, ela tem ganhado cada vez mais destaque graças ao fortalecimento da Rota do Cacau.

Coordenada pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Secretaria Nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial (SDR), a Rota do Cacau integra o programa Rotas de Integração Nacional e apoia atualmente mais de 30 mil produtores em três estados: Pará, Rondônia e Bahia.

“O cacau, devido ao papel que exerce na economia e na agricultura, não podia ficar de fora desse programa. O objetivo do Rotas é promover o desenvolvimento sustentável e a inclusão produtiva nas regiões”, explica Daniel Fortunato, secretário da SDR.

No Pará, o Polo Transamazônica, criado em 2018, é um dos principais exemplos de organização produtiva na região. Com abrangência em 11 municípios paraenses, o polo engloba cerca de 10 mil propriedades e atua em sintonia com o Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável (PDRS) do Xingu.

A articulação com cooperativas, universidades, setor industrial e empresas como a Cacauway fortalece ainda mais a governança local e amplia as oportunidades para pequenos produtores.

Bolo brownie. – Fot iStock

Já em Rondônia, o Polo Cacau Amazônia foi oficialmente implantado em 2023, cobrindo 24 municípios, incluindo Ariquemes e Ji-Paraná. O Estado já é o terceiro maior produtor de cacau do país, com 10 mil hectares cultivados e cerca de 5 mil toneladas de amêndoas colhidas no último ano.

O destaque ficou por conta do 1º Festival do Cacau e Chocolate de Rondônia, que marcou o fortalecimento da identidade local e a visibilidade para a cadeia produtiva.

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No sul da Bahia, região historicamente ligada ao cultivo do cacau, o polo abrange 27 municípios e cerca de 17 mil produtores. Reestruturado em 2021, ele mantém articulação direta com instituições como a CEPLAC, atuando na modernização dos processos, no acesso a novos mercados e na valorização do chocolate de origem.

Imagem de cacaus vermelhos e amarelos. Foto: Simone Noronha/Divulgação – MIDR

A atuação da Rota do Cacau vai além da produção agrícola. O foco também está em agregar valor ao produto final, promovendo o chocolate artesanal com identidade regional. Esse modelo gera impacto social positivo, promove conservação ambiental, impulsiona o desenvolvimento econômico e amplia as oportunidades para agricultores familiares e empreendedores locais.

“O cacau representa uma das principais oportunidades de desenvolvimento regional com inclusão social, agregação de valor e respeito ao meio ambiente. O chocolate é o produto final que carrega toda essa riqueza cultural, produtiva e sustentável”, ressalta Edgar Caetano, coordenador geral dos Sistemas Produtivos Inovadores do MIDR.