Biscoitos podem permanecer até 12 anos no organismo, alerta especialista

Descubra por que compostos presentes em biscoitos industrializados podem permanecer no seu corpo por até 12 anos e como reduzir os impactos à saúde

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Eles estão em lancheiras, escritórios, cafés e despensas, e fazem parte da rotina alimentar de milhões de brasileiros. Mas por trás da praticidade e do sabor dos biscoitos industrializados, há uma preocupação que precisa ganhar espaço: segundo a nutricionista e pesquisadora Aline Quissak, compostos presentes nesses produtos podem permanecer no organismo humano por até 12 anos.

Substâncias como corantes artificiais, conservantes e gorduras hidrogenadas não são metabolizadas adequadamente e acabam sendo armazenadas em tecidos adiposos”, esclarece.

Esses componentes, por não serem metabolizados de forma eficiente, acabam se acumulando nos tecidos adiposos e, com o tempo, podem desencadear inflamações crônicas, alterações hormonais e até doenças mais graves.

A especialista destaca o corante caramelo IV (INS 150a) como um dos mais perigosos. Estudos internacionais, como os do Programa Nacional de Toxicologia (NTP) dos EUA, associam o composto 4-MEI (subproduto da fabricação do corante) a tipos de câncer como leucemia e tumores de fígado, pulmão e tireoide. A Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC) já incluiu a substância na lista de potencialmente cancerígenas.

Já a gordura vegetal hidrogenada é uma versão modificada da gordura original, criada para aumentar o tempo de prateleira dos alimentos. Seu consumo está relacionado ao aumento do colesterol ruim (LDL), à elevação dos triglicerídeos e à inflamação da gordura visceral, o tipo mais perigoso por afetar órgãos como fígado, rins e coração.

Esses compostos não são reconhecidos pelo corpo. Eles ficam circulando no sangue ou se depositam em células de gordura. E, como não são solúveis em água, o fígado e os rins não conseguem eliminá-los com eficiência. A consequência é uma inflamação de longo prazo, que pode durar anos”, complementa Aline.

Como minimizar os danos?

Ainda que parte dos alimentos seja eliminada naturalmente, os resíduos desses aditivos se acumulam. Para atenuar os impactos, a nutricionista recomenda estratégias alimentares que ajudam na desintoxicação:

  • Consuma alimentos ricos em fibras e antioxidantes, como folhas verdes escuras, frutas e sementes.

  • Inclua no dia a dia chás com ação anti-inflamatória, como chá verde, chá de gengibre e chá de moringa.

  • Invista em castanhas, cacau, linhaça e nozes, que colaboram na neutralização de toxinas.

  • Aposte em ovos orgânicos, leguminosas e laticínios naturais, que estimulam a função hepática e renal.

Precisa cortar os biscoitos da dieta?

Segundo Aline, o ideal não é proibir, mas fazer escolhas mais conscientes. “Versões caseiras ou produtos com rótulos limpos, sem corantes ou conservantes artificiais, são opções melhores. E a ingestão de até 60 gramas por dia, ocasionalmente, é tolerável se houver uma dieta equilibrada”, orienta.

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Receita: Biscoito saudável caseiro

Para quem não quer abrir mão do biscoito, mas deseja evitar os compostos tóxicos, uma alternativa é preparar em casa uma versão funcional:

Ingredientes:

  • 1 xícara de farinha de aveia;

  • 1/2 xícara de farinha de amêndoas;

  • 1 ovo;

  • 2 colheres de sopa de óleo de coco;

  • 2 colheres de sopa de mel ou xilitol;

  • 1/2 colher de chá de fermento em pó;

  • Canela a gosto.

Modo de preparo:

Misture todos os ingredientes até obter uma massa homogênea. Modele os biscoitos e leve ao forno pré-aquecido a 180 °C por cerca de 15 minutos, ou até dourarem. Espere esfriar e armazene em pote hermético.

Com receitas como essa e mudanças de hábito, é possível saborear sem culpa, e sem carregar ingredientes que o corpo leva mais de uma década para eliminar.

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