Anvisa proíbe venda e distribuição de três marcas de ‘café fake’ após detectar toxina e impurezas nos produtos; veja a lista

A Anvisa determinou a proibição e o recolhimento de três marcas de “café fake” por apresentarem toxinas, impurezas e rótulos enganosos. Saiba quais são.

pó de café dentro da embalagem  - iStock
Foto: pó de café dentro da embalagem / iStock
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Em uma medida de proteção à saúde pública, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a proibição imediata da fabricação, venda, distribuição, propaganda e consumo de três marcas de produtos comercializados como “café”, mas que apresentavam sérias irregularidades sanitárias e riscos à saúde do consumidor.

A ação, motivada por uma inspeção conduzida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), revelou que os produtos apresentavam desde contaminação por toxinas até rótulos enganosos — uma prática considerada grave e que compromete diretamente a segurança alimentar.

Marcas e empresas proibidas

Segundo matéria publicada pela Agência Gov, as marcas atingidas pela medida são:

  • Pó para o Preparo de Bebida Sabor Café – Master Blends Indústria de Alimentos Ltda.

  • Pó para o Preparo de Bebida Sabor Café Tradicional Marca Melissa – D M Alimentos Ltda.

  • Pó para o Preparo de Bebida Sabor Café Preto Marca Pingo Preto – Jurerê Caffe Comércio de Alimentos Ltda.

Esses produtos devem ser imediatamente retirados de circulação pelas respectivas empresas e não devem ser consumidos pela população, conforme orienta a Anvisa.

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Riscos e irregularidades

Segundo os órgãos de fiscalização, as principais infrações detectadas nas três marcas envolvem:

  • Contaminação por ocratoxina A: uma micotoxina produzida por fungos, prejudicial à saúde e potencialmente cancerígena, comum em grãos armazenados de forma inadequada.

  • Matéria-prima imprópria para consumo humano: os produtos continham cascas e resíduos de café, mas eram rotulados como “polpa de café” ou “café torrado e moído”, induzindo o consumidor ao erro.

  • Presença de impurezas e falhas nas boas práticas de fabricação: indicando problemas graves na seleção de ingredientes, controle de qualidade e higiene durante a produção.

Além disso, os rótulos traziam imagens e textos que induziam o consumidor a acreditar que se tratava de café tradicional, o que reforça a gravidade do caso do ponto de vista da informação e segurança do consumidor.

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Alerta ao consumidor

A Anvisa reforça que, caso o consumidor tenha adquirido algum desses produtos, não deve consumi-los. O ideal é que o item seja descartado adequadamente ou devolvido ao ponto de venda. A agência também incentiva que qualquer irregularidade seja denunciada por meio dos canais de atendimento ao consumidor.

Esta não é a primeira vez que casos de café fake chegam ao conhecimento das autoridades sanitárias. O crescimento do mercado informal e a tentativa de reduzir custos têm levado algumas empresas a substituir parte dos grãos de café por materiais de menor qualidade, o que representa riscos sérios à saúde e à confiança do consumidor.

Consumo consciente e fiscalização

A situação acende um alerta sobre a importância da fiscalização constante e da transparência no mercado de alimentos. Em tempos em que a rastreabilidade e a procedência dos produtos ganham cada vez mais destaque, o consumidor precisa estar atento aos rótulos, selos de certificação e procedência das marcas que consome.

Ao mesmo tempo, medidas rigorosas como a adotada pela Anvisa reforçam o compromisso com a qualidade dos alimentos oferecidos no mercado brasileiro, protegendo não apenas a saúde pública, mas também a credibilidade do setor.

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